Centro Cultural Banco do Brasil apresenta a montagem
“As Três Velhas”, de Alejandro Jodorowsky, inédita mundialmente
 
Com Luciano Chirolli, Pascoal da Conceição e Marco Luz, Teatro Pândega encena peça sob a direção de Maria Alice Vergueiro

Noite escura da alma/ Não peço uma estrela / Somente um vagalume”
Trecho da peça “As Três Velhas”, de Alejandro Jodorowsky

Duas marquesas decadentes, octogenárias, Melissa (Luciano Chirolli) e Graça (Pascoal da Conceição), vivem em uma mansão em ruínas, devastadas pela fome e pelo abandono, sempre vigiadas pela centenária criada Garga (Maria Alice Vergueiro). Como numa fábula, uma única noite de assombrosas revelações familiares transformará para sempre a história dessas estranhas figuras. Riso e tragédia se misturam em um gênero inesperado, batizado pelo próprio autor, Alejandro Jodorowsky, de melodrama grotesco.

O Teatro Pândega, companhia fundada há três anos por Maria Alice Vergueiro, Fábio Furtado e Luciano Chirolli, será o primeiro grupo a encenar “As Três Velhas”. “Até hoje só a Bélgica fez uma montagem desse texto, utilizando marionetes. O que estamos realizando é inédito mundialmente”. – afirma Maria Alice Vergueiro.

A peça une os históricos de Maria Alice Vergueiro e Jodorowsky, ambos da mesma geração e com atuações no teatro de vanguarda, cujo primeiro encontro se deu em 2007, numa sessão de leitura de tarô dentro da mostra Festival Jodorowsky, no CCBB. Além disso, retoma a parceria de Luciano Chirolli. O encontro, já consagrado pelo sucesso da peça “No Alvo” (1996), do dramaturgo austríaco Thomas Bernhard, rendeu à Maria Alice os prêmios Shell e Mambembe de melhor atriz, e a Chirolli as indicações aos prêmios Shell de melhor diretor e Sharp de melhor espetáculo. Maria Alice Vergueiro também reencontra Pascoal da Conceição no palco, ambos frutos de uma época do Teatro Oficina.

Para Marcelo Mendonça, diretor do CCBB, “Jodorowsky é um artista reconhecido mundialmente pela excentricidade em suas obras. Já esteve presente em São Paulo, a nosso convite, para mostrar sua produção cinematográfica e agora é a vez do público conferir o estilo único do autor em textos dramatúrgicos. E a direção de Maria Alice Vergueiro torna essa parceria ainda mais instigante”.

Alejandro Jodorowsky

Nascido em 1929, em Tocopilla, no Chile, Alejandro Jodorowsky, artista da contracultura, começou a ganhar reconhecimento internacional nos contestadores anos 1960 e 1970 e foi apontado como um dos precursores da arte multimídia. Artista de múltiplos talentos, além de cineasta e dramaturgo, também se consagrou como quadrinista após o sucesso de “Incal”, em parceria com Moebius.

Autor de seis longas-metragens, seu primeiro filme “Fando e Lis”, apresentado durante o Festival de Acapulco, México, causou enorme alvoroço. “El Topo”, sua segunda película, utiliza o western norte-americano como ponto de partida para o desenrolar da viagem espiritual humana. Graças à admiração expressa de Yoko Ono e John Lennon, “El Topo” alcançou enorme repercussão no cinema não-comercial.

Uma das inspirações para a presente montagem de “As Três Velhas” foi o cult “Santa Sangre”, um de seus filmes mais recentes e prestigiados.

Ficha Técnica:

Patrocínio: Banco do Brasil
Realização: Centro Cultural Banco do Brasil
Texto: Alejandro Jodorowsky
Idealização: Teatro Pândega
Produção: Luciano Chirolli Produções Artísticas
Direção: Maria Alice Vergueiro
Elenco: Maria Alice Vergueiro, Luciano Chirolli, Pascoal da Conceição e Marco Luz
Tradução: Fábio Furtado
Assistência de Direção: Carolina Splendore, Aila Rodrigues e Viviane Palandi
Direção de Produção e Administração: Marcio Gallacci
Produção Executiva: Marco Luz
Assistente de Produção e Direção de Palco: Tiago Miranda
Direção de Arte: Simone Mina e Carolina Bertier
Desenho de Luz: Alessandra Domingues
Programação Visual: Simone Mina e Carolina Bertier
Design Gráfico: Natália Zapella
Fotógrafo: Fábio Furtado
Desenhos: Ricardo Reis
Trilha Sonora Original: Otavio Ortega
Cenotécnia Artística: Cenotech Cenografia


SERVIÇO:
As Três Velhas”, de Alejandro Jodorowsky
Com Maria Alice Vergueiro, Luciano Chirolli e Pascoal da Conceição
Direção: Maria Alice Vergueiro
Período: de 20 de agosto a 31 de outubro
Duração: 1h10
Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo
Horários: sexta e sábado, 19h30. Domingo, 18h.
Ingressos: R$ 15,00 (R$ 7,00 meia)
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 - Centro - São Paulo
Número de lugares: 125. Classificação indicativa: 14 anos
Informações: (11) 3113-3651 / 3113-3652

Acesso e facilidades para pessoas com deficiência física // Ar-condicionado // Café Cafezal

Estacionamento conveniado:
Estapar Estacionamentos
Rua da Consolação, 228 (Edifícos Zarvos)
(R$ 10,00 pelo período de 5 horas.
Necessário carimbar o ticket na bilheteria do CCBB).

Traslado faz o transporte gratuito até as proximidades do CCBB – embarque e desembarque na Rua da Consolação, 228 (Edifício Zarvos) e na XV de novembro, esquina com a Rua da Quitanda, a vinte metros da entrada do CCBB.

Assessoria de Imprensa “As Três Velhas”:

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AS TRÊS VELHAS
ALEJANDRO JODOROWSKY

Maria Alice Vergueiro - Fundadora do Grupo Teatro do Ornitorrinco, ao lado dos diretores Cacá Rosset e Luiz Roberto Galízia, Maria Alice Vergueiro soma 50 anos de vida artística. Conhecida no teatro paulistano como ‘a dama do underground’, esteve presente nas mais instigantes montagens teatrais dos últimos 40 anos, entre elas “O Rei da Vela”, dirigida por José Celso Martinez Corrêa, “Mahagony Songspiel”, de Cacá Rosset e “Electra Com Creta, de Gerald Thomas e “Katastrophé”, Rubens Rusche.

Dirigiu “As Preciosas Ridículas”, de Molière (1968), “O Amor de Dom Perlimplim com Belisa em seu Jardim”, de Federico Garcia Lorca (1992), e “Quíntuplos”, de Luis Rafael Sanchez (1995). No cinema, atuou nos longas-metragens “O Rei da Vela” (1973), de Zé Celso Martinez Corrêa, “Maldita Coincidência” (1979) e “Cronicamente Inviável” (2000), ambos de Sérgio Bianchi, “Topografia de um Desnudo” (2006) de Teresa Aguiar (sobre a obra homônima de Jorge Diaz).

Em 2005, a atriz fez grande sucesso em uma nova mídia, a internet. Maria Alice estrelou o curta “Tapa na Pantera”, criado por Rafael Gomes, Esmir Filho e Mariana Bastos, que obteve mais de cinco milhões de acessos no YouTube, permitindo a um público mais variado, e mais jovem, conhecer o talento da atriz já consagrada no teatro.

Em “As Três Velhas”, de Alejandro Jodorowsky, Maria Alice faz o papel da empregada Garga e dirige o elenco formado por Luciano Chirolli e Pascoal da Conceição.

Luciano Chirolli – Com 25 anos de atuação, Luciano Chirolli é formado pela EAD/Eca USP. É considerado pela crítica, o ator de sua geração que mais participou de montagens consagradas do grande autor russo Anton Tchecov, dentre elas “TioVania”, de Aderbal Freire Filho e “As Três Irmãs”, de Enrique Diaz. Foi responsável pela  encenação de "No Alvo",  texto de Thomas Bernhard, ao lado da atriz Maria Alice Vergueiro, que lhe rendeu uma indicação ao prêmio Shell de melhor diretor e prêmio Sharp de melhor espetáculo.

No cinema, sua primeira atuação foi no premiado curta-metragem “A Escada” (1995), Philipe Barcinszky. No ano seguinte, atou em “A Grande Noitada”, último longa-metragem de Denoy de Oliveira. Chirolli participou ainda de “Buffo & Espallanzani”, de Flávio Tambellini, e “Viva Voz”, de Paulo Morelli. O ator ganhou o Kikito no Festival de Gramado pelo curta-metragem “Ato II Cena V”, de Rafael Gomes e Esmir Filho. Em 2009, Chirolli fez parte do longa “Salve Geral”, de Sérgio Rezende. Em 2010, o ator poderá ser visto nos filmes “O Doce Veneno do Escorpião”, de Marcus Baldin, “Meu País”, André Ristum, e “Estamos juntos”, de Toni Venturi.

Na televisão, fez parte do elenco das minisséries “Mad Maria”, “JK”, além das novelas “Páginas da Vida” e “Tempos Modernos”, todos na TV Globo, além da premiada série “Tudo que é sólido pode derreter”, da TV Cultura.

Pascoal da Conceição – Fundador do grupo Dragão 7, onde produziu, dirigiu e atou em peças como “As desgraças de uma criança”, “O Noviço”, “Mais Quero Asno” e “Auto da barca do inferno”.  Pascoal estreou nos palcos com a peça “Pic-nic no front”, de Fernando Arrabal, com direção de Caetano Martins. Foi aluno da EAD/ECA USP de onde saiu para o Teatro Oficina, onde trabalhou para o tombamento, desapropriação e construção do novo teatro. Com José Celso Martinez Corrêa fez “Hamlet”, “As Bacantes” e “Mistérios Gozozos”, entre outras peças. O ator também atuou em espetáculos importantes como “Salmo 91”, “Os sete afluentes do rio Ota” e “Novas diretrizes em tempos de paz”.

Tem trabalhos com diretores como Bibi Ferreira, Carlos Alberto Soffredini, Gabriel Vilella, Sérgio Ferrara, Marcia Abujamra, Rui Cortez, entre outros. Na televisão fez “Telecurso 2000”, participou de novelas e programas das redes Globo e Record, como “Caminhos das Índias”, “Essas Mulheres” e “Tempos modernos”, além de minisséries; em “Um Só Coração” interpretou o poeta Mário de Andrade. Foi também o Dr. Abobrinha, do seriado “Castelo Rá-Tim-Bum”, que também chegou aos cinemas, onde fez participações nos filmes “Olga”, “Salve Geral” e, mais recentemente, “No olho da rua”.



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